XV de PIRACICABA - 98 anos de tradição!

No mês em que o XV de Piracicaba completou 98 anos de fundação, o blog Histórias do XV apresenta a sua singela homenagem ao clube mais tradicional do interior de São Paulo.

Para a melhor visualização do vídeo, recomendamos o acesso pelo enreço indicado abaixo:

http://youtu.be/RhU83nKN2u4

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Ripolianas III - E Rípoli transformou Ditinho e Ditão

Se houve o que Romeu Ítalo Rípoli soube jogar, esse foi o jogo da vida. Pois a vida é jogo. E jogo é algo profundamente sério, parte da alma humana, elaboração do "homo ludens". Os que não entendem pensam que jogo é algo menor, mas é ciência e arte que começaram a se compor desde que o homem saiu de sua caverna e descobriu ter um vizinho. Nos esportes, na ciência, na família, na convivência e na coexistência, há sempre um jogo. E são jogos sérios, pois tem regras definidas. O jogo acaba quando as regras são menos prezadas. Pois, então, vira bagunça, desordem.

Rípoli sabia jogar. Às vezes, pensava ser dono do jogo e, então, as coisas complicavam. Mas, dentro das regras, ele sabia como agir, como fazer, como recuar e atacar. O futebol, em toda parte do mundo, tem, fora de campo, um jogo de influências, de simulações e de dissimulações. Rípoli não apenas tinha consciência disso, mas era um especialista. Na verdade, já eram "regras do mercado", mesmo antes de o Brasil tê-las oficialmente adotado.

Aconteceu na década de 1970. A Portuguesa Desportos havia revelado, em São Paulo, um zagueiro que se transformara sensação nacional, um gigante de ébano, o Ditão. Atlético, vigoroso, imponente, Ditão acabou transferindo-se para o Corinthians onde se transformou em ídolo da torcida e obteve consagração nacional. Pois bem. Ditão tinha um irmão, o Ditinho, com semelhanças físicas e também no estilo de jogar. E Ditinho iniciou sua carreira no XV de Piracicaba, sob a presidência do XV. Mas Ditinho era inexpressivo, em relação à fama e ao prestígio do Ditão, irmão mais velho.

E seria lá, isso, problema para Romeu Ítalo Rípoli? Pelo contrário: no jogo, era uma vantagem, a tal "prata da casa", jóia rara, uma promessa real de grande jogador, como os clubes e empresários têm feito nos últimos anos. Rípoli fazia antes, visionário que foi. E começou a divulgar o nome de Ditinho: "É o novo Ditão." E, em poucas semanas, já apregoava e anunciava: "É melhor do que o Ditão. O Ditinho é o do Corinthians; Ditão é o do XV. " E já tinha planos para faturar em cima do garoto.

Diante de tanto barulho na imprensa, o Flamengo começou a se interessar pelo passe de Ditinho. Mas era interesse ainda pálido, tímido. Rípoli, no entanto, sabia jogar, tinha relações. Era grande amigo do então presidente do Santos, o influente Modesto Roma. E pediu ao colega santista que lhe fizesse um grande, um imenso favor: que, pela imprensa, informasse que o Santos estava interessado em adquirir o passe de Ditinho. E Modesto Roma participou do jogo: "O Santos está negociando o passe de Ditinho, um craque com muito mais categoria do que o Ditão, do Corinthians. São irmãos, mas Ditinho é mais jovem, mais habilidoso e tem grande futuro."

Não deu outra. O vice-presidente do Flamengo - o suíço Gunnar Goransson, todo-poderoso presidente da multinacional Facit - se interessou, quis "passar a perna no Santos" e "atravessou" o negócio, para alegria e felicidade de Romeu Ítalo Rípoli. Resultado: o Flamengo comprou o passe de Ditinho que nunca chegou a ser Ditão e, além de pagar um dinheirão, o Gunnar Goransson fez a Facit financiar e montar todo um esquema para o XV de Piracicaba excursionar à Europa.

O dr.Thomas Caetano Rípoli, filho querido de Romeu, lembra-se de tudo isso e, entre orgulhoso e ainda assustado - pois foi testemunha ocular das entranhas do jogo - conta das peripécias do pai. De vice-campeão paulista, de clube e time conhecidos na Europa, de clube e time respeitados no Brasil todo - a uma dramática saga de estar na divisão dos pequeninos....

Rípoli liderava e, em torno dele, a cidade, o povo, empresários mobilizavam-se com confiança e entusiasmo. Rípoli sabia que, no jogo do desenvolvimento da própria Piracicaba, o XV, o "Nhô Quim" era a grande marca, a griffe especial.


Foto: Acervo Pessoal de João Luís Almeida.

Texto: Cecílio Elias Netto para "A Província".

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Personagem do Mês - 10/2011- Aílton Luiz

Aproveitando a homenagem do Blog Histórias do XV para a equipe que conquistou o título da Série A2 do ano de 1983, o Blog homenageia hoje um dos bons zagueiros que vestiram a camisa zebrada: Aílton Luiz.

Aílton Luiz Bertan, ou simplesmente Aílton Luiz, nasceu na cidade de Vinhedo em 22 de junho de 1958.

Aílton começou a carreira nas categorias na equipe da Ponte Preta de Campinas. Após seis anos atuando pelas categorias de base da equipe campineira, Aílton Luiz se transferiu e profissionalizou-se pela equipe do Velo Clube, de Rio Claro, que estreiava na divisão de elite do Campeonato Paulista naquele ano.

Após sair do Velo Clube, Aílton passou pelas equipes do Santos e da Francana, chegando finalmente ao XV.


Na equipe do XV, Aílton Luiz ficou marcado como zagueiro que fez parte da equipe titular que conquistou o título da Série A2 no ano de 1983.

FOTO: Aílton Luiz marca o jogador Dicão, do Bandeirante de Birigui, na partida que rendeu o acesso e o título para o XV no Campeonato Paulista da Série A2 de 1983.

Antes do título, Aílton Luiz fez parte da equipe que conquistou o vice-campeonato da mesma Série A2 no ano de 1981.

Foto: Time Vice-Campeão Paulista da Série A2 em 1981.
Em pé: Jair dos Santos (Médico), Alã, China, AILTON LUIZ, Vadinho, Pizzelli e Alcir.

Agachados: Serginho, Zezinho, Oriel, Rogério, Brandão e Baiano (Massagista).
 
Após deixar o XV, Aílton Luiz ainda passou por Internacional de Limeira, Rio Branco de Americana e Associação Esportiva Araçatuba, onde encerrou sua carreira no ano de 1991, quando tinha 33 anos de idade.

Nas últimas informações obtidas, o ex-jogador, formado em Educação Física, trabalhava na Secretaria de Esportes e Lazer do município de Vinhedo, sua terra natal, exercendo a função de treinador dos times sub-16, sub-18 e sub-21 da cidade.

"O que mais me marcou no futebol foram os três títulos de acesso que ganhei por XV de Piracicaba, Rio Branco e Araçatuba. Mas uma passagem que ocorreu no XV foi especial por ter convivido com Dadá Maravilha. Naquele tempo, ele estava sem carro e cumpria o trajeto de quase cinco quilômetros do hotel até o local de treinamento a pé. É um cara excepcional". Aílton Luiz

Fonte: Site Terceiro Tempo.
Imagens: Site Terceiro Tempo, João Luís Almeida e Dinival Tibério.

Ramon B. Ferreira - Blog Histórias do XV



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XV Campeão Paulista Série A2 1983 - Quadrangular Final

Após grandes vitórias contra a equipe do União Agrícola Barbarense, o XV de Piracicaba chegou ao tão sonhado quadrangular final, para enfrentar as equipes do Nacional A.C (vencedor do Grupo Preto), E.C Noroeste (vencedor do Grupo Amarelo) e Bandeirante E.C (vencedor do Grupo Vermelho).


O XV começou sua campanha no Estádio Barão da Serra Negra, contra a equipe do Nacional, considerada, na época, segundo time de grande parte dos paulistanos.

XV de Piracicaba 2 x 0 Nacional

Na partida que deu início ao sonho do acesso para o XV, em 13 de novembro de 1983, a equipe do Nacional da capital visitou o Barão de Serra Negra.
Logo aos 5 minutos do 1º tempo, o jogador Brandão recebeu próximo da área e rolou a bola para Lima que, de longe, bateu na bola com rara felicidade, abrindo o placar para o XV.
No segundo tempo, novamente com bela assistência de Brandão, Pianelli recebeu na entrada da área e chutou no canto, para garantir os 3 primeiros pontos do quadrangular final para o XV. Assim foi dado o primeiro passo para o acesso!

Bandeirante 1 x 2 XV de Piracicaba

Em 15 de novembro de 1993, buscando se aproximar do acesso, o XV de Piracicaba viajou até a cidade de Birigui para enfrentar a boa equipe do Bandeiramte E.C.
Após um primeiro tempo sem gols, foi a equipe da casa saiu na frente. Aos 22 minutos, após cruzamento de Paulo César, Dicão cabeceou para o fundo das redes do XV, abrindo o placar para o Bandeirante.
No entanto, 3 minutos depois do gol da equipe da casa, o XV conseguiu o empate. Em escanteio cobrado por Gilberto, Lima subiu mais que a zaga da equipe da casa e mandou para o fundo do gol.
Aos 32 minutos do segundo tempo, o XV conseguiu a virada. Após roubada de bola de Chicão na intermediária, Vadinho recebeu e bateu no ângulo do goleiro Fernando, marcando um golaço para o XV, deixando o alvinegro cada vez mais perto do acesso.

Noroeste 1 x 1 XV de Piracicaba

Jogando na cidade de Bauru, em 20 de novembro de 1983, o XV saiu na frente com Lima, que recebeu na frente e a bateu na saída do goleiro do Noroeste. Com a vitória o XV ficaria muito próximo do acesso já na primeira partida do returno, contra o próprio Noroeste, no Barão de Serra Negra.
Ficando muito próximo do acesso, o XV foi mais uma vez prejudicado pela arbitragem de Ulisses Tavares da Silva, que marcou um penalti inexistente em favor da equipe de Bauru. Genildo foi para a cobrança e empatou a partida, conseguindo tirar os primeiros pontos do XV no quadrangular final.

XV de Piracicaba 1 x 0 Noroeste

Já em 27 de novembro de 1983, após um jogo com muita cera por parte da equipe do Noroeste, aos 49 minutos da segunda etapa, Lima recebeu cruzamento na área e cabeceou para o fundo das redes, fazendo a alegria da torcida do XV que lotou o Barão da Serra Negra.
A vitória do XV encheu de confiança a torcida Piracicabana, que prometeu comparecer em peso novamente para a partida contra o Bandeirante de Birigui, que poderia marcar não só a volta da equipe para a divisão de elite do futebol paulista, mas também o tetracampeonato para a equipe alvinegra.

XV 3 x 2 Bandeirante E.C – O jogo do título!



O dia 30 de novembro de 193 ficará marcado para sempre na memória da torcidade alvinegra. O XV de Piracicaba entrou em campo contra o Bandeirante sob o olhar de 15.241 pagantes, para um renda de 18.800 cruzeiros, recorde de público;
Na primeira etapa, empurrado pela torcida, o XV conseguiu abrir o placar. Carlucio disparou pela ponta direita e cruzou, a bola ganhou uma curva surpreendente e morreu no fundo do gol do goleiro Fernando.
O Bandeirante, sabendo que a vitória daria o título ao XV foi pra cima. Após cruzamento na área, Dicão dominou e bateu no canto do goleiro Pianeli, empatando para a equipe visitante.
O XV ainda teve um gol anulado pelo árbitro, que viu toque de mão do jogador do XV no lance abaixo:


No segundo tempo, o XV conseguiu ficar em vantagem novamente. Após cobrança de lateral, Lima subiu mais que a defesa e cabeceou para o fundo das redes.
Aos 40 minutos do segundo tempo, para garantir o título alvinegro, em um contra-ataque, Brandão lançou Chicão, que ao perceber a saída do goleiro Fernando tocou de cobertura, fazendo mais um golaço para o XV.


Após o gol, a euforia tomou conta da torcida do XV. Vários torcedores acabaram invadindo o gramado, gerando grande confusão com os jogadores do Bandeirante, que covardemente agrediram o torcedor do XV, que foi atendido pelos médicos presentes no local.


Apesar da festa da torcida alvinegra, o Bandeirante ainda conseguiu descontar. Paulo César recebeu em posição ao menos duvidosa e colocou para o fundo do gol. O gol foi confirmado pela arbitragem, mas não mudou o destino do XV, que garantiu o tetracampeonato da Série A2 do Campeonato Paulista e o acesso à divisão de elite.



Em 1º de dezembro de 1983, um dos jornais mais importantes do Brasil, a Folha de São Paulo, destaca em seu caderno esportivo a volta do XV de Piracicaba à 1ª divisão. O destaque ficou por conta da dedicatória que os jogadores fizeram ao ex-presidente do alvinegro Romeu Ítalo Rípoli, que havia falecido pouco tempo antes do acesso alvinegro. Segundo informou o Jornal, o atacante Paulinho do Bandeirante, já nos vestiários, reconheceu a superioridade alvinegra: "O XV é um time muito superior. Mereceu o título. Acho que só ele reuniu os méritos" afirmou o atacante da equipe rival.

Por fim, o jornal destacou a ótima campanha da equipe, que, em 43 jogos, venceu 33, empatou 8 e perdeu somente 4. O XV marcou 82 gols e sofreu 24, dados que demonstram a superioridade do time no campeonato.

Por fim, com o acesso e o título já garantido, o XV de Piracicaba viajou até a cidade de São Paulo para enfrentar a equipe do Nacional. Tendo em vista a conquista de todos os objetivos, o XV mandou para o campo uma equipe de reservas, que saíram derrotados pelo placar de 4 x 0. No entanto, a derrota nada mudou no destino do XV, que já havia conquistado o acesso e o título no jogo anterior.
Fotos: João Luís Almeida

Informações: João Luís Almeida e Bruno De Luca

Ramon B. Ferreira - Blog Histórias do XV

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XV Campeão Paulista Série A2 1983 - 1ª Fase

O Blog Histórias do XV lança hoje uma comemoração para relembrar os três últimos títulos do XV de Piracicaba na Série A2 do Campeonato Paulista.

Para dar início à volta do XV para a elite do futebol paulista no ano de 2012, lembraremos toda a campanha da conquista do título de 1983, começando pela 1ª fase do campeonato.

Método de Disputa da 1ª Fase

A primeira fase da Série A2 foi divida em 4 grupos de 13 equipes em cada. Os grupos denominados Branco, Preto, Amarelo e Vermelho. A disputa consistia em dois turnos, em que classificavam-se os oito primeiros de cada turno para um octogonal, que decidiria o campeão do turno, que enfrentaria o campeão do outro turno na busca pela vaga na 2ª fase.

Campanha do XV no 1º Turno da 1ª Fase:

XV 1x0 Velo Clube (Piracicaba)
XV 0x0 União Agrícola (Piracicaba)
XV 2x0 Lemense (Leme)
XV 5x0 Rio Claro (Piracicaba)
XV 2x0 Guaçuano (Piracicaba)
XV 0x0 Independente (Limeira)
XV 2x2 União São João (Araras)
XV 2x0 Rio Branco (Americana)
XV 2x1 Amparo (Amparo)
XV 2x1 Mogi Mirim (Piracicaba)
XV 0x0 Primavera (Indaiatuba)
XV 4x0 Pinhalense (Piracicaba)

Após 8 vitórias em 12 jogos, o XV de Piracicaba garantiu presença no octogonal que decidiria o campeão do primeiro turno.

Octogonal do 1° Turno

XV 1x0 Mogi Mirim (Moji Mirim)
XV 1x2 Rio Branco (Americana)
XV 3x1 Primavera (Piracicaba)
XV 2x0 Rio Branco (Piracicaba)
XV 2x0 Primavera (Indaiatuba)
XV 1x2 Mogi Mirim (Piracicaba)

Apesar da boa campanha na primeira fase, o XV de Piracicaba ficou de fora da decisão do turno. O turno foi decidido entre Mogi Mirim e União Barbarense, com a equipe da cidade de santa Bárbara D'Oeste conseguindo levar a melhor, ficando muito próximo da disputa do acesso.

Campanha do XV no 2º Turno da 1ª Fase:

XV 3x0 Lemense (Piracicaba)
XV 0x1 Velo Clube (Rio Claro)
XV 2x1 Amparo (Piracicaba)
XV 2x1 Mogi Mirim (Mogi Mirim)
XV 2x1 Rio Branco (Americana)
XV 3x1 União São João (Piracicaba)
XV 1x0 União Barbarense (S.Bárbara)
XV 3x0 Rio Claro (Piracicaba)
XV 0x0 Guaçuano (Moji Guaçú)
XV 1x1 Primavera (Piracicaba)
XV 3x1 Pinhalense (Pinhal)
XV 3x1 Independente (Piracicaba)

Conseguindo uma campanha melhor que no 1º turno, o XV de Piracicaba conseguiu 9 vitórias em 12 jogos, credenciando-se novamente para disputa do octogonal final do segundo turno.

Octogonal 2° Turno

XV 0x1 União Barbarense (S.Bárbara)
XV 3x1 Mogi Mirim (Piracicaba)
XV 0x0 União São João (Araras)
XV 1x0 União São João (Piracicaba)
XV 3x0 Mogi Mirim (Moji Mirim)
XV 2x1 União Barbarense (Piracicaba)

Após fazer sua parte no octogonal do segundo turno, o XV de Piracicaba enfrentou a equipe do Rio Branco na decisão do segundo turno.

XV de Piracicaba X Rio Branco

Jogo 1 -
Na primeira partida, com gols de Gilberto aos 45 do 1º tempo, Tim e Serginho no 2º tempo, o XV de Piracicaba derrotou o Rio Branco, na cidade de Americana, por 3 x 0, garantindo boa vantagem para o jogo de volta.



Imagens: "Jornal do Jogo", retratando a importância do jogo para o XV, que precisava somente do empate no Barão para garantir a classificação para a final do Grupo Branco.

Jogo 2 - No jogo de volta no Barão de Serra Negra, marcado pela impressionante chuva que atingiu a cidade de Piracicaba antes da partida, o Rio Branco é que saiu na frente com um gol de Zito cobrando falta. No segundo tempo, também de falta, Lima empatou a partida. No final do segundo tempo, Paulo Cardoso marcou para o XV, garantindo a presença do time piracicabano na final do Grupo Branco.

Com as vitórias o XV de Piracicaba sagrou-se campeão do segundo turno do Grupo Branco, credenciando-se para a disputa da final do Grupo contra o União Barbarense, campeão do 1º Turno, em uma disputa de 3 partidas. No entanto, sequer foi necessária a terceira partida para a classificação do alvinegro Piracicabano.

XV de Piracicaba X União Barbarense
Jogo 1-
No primeiro jogo, realizado na cidade de Santa Bárbara D'Oeste, o XV saiu na frente com gol de Gilberto, aos 27 minutos do 1º tempo. Após o empate do União Barbarense aos 22 do 2º tempo, o XV conseguiu marcar o gol da vitória com Pianelli.

Jogo 2 – Com a vitória na primeira partida, o XV de Piracicaba dependia de uma vitória para garantir presença no quadrangular final da Série A2 de 1983. Jogando diante de sua fanática torcida, a equipe do XV não decepcionou. Batendo falta na entrada da área, Pianelli colocou a equipe do XV em vantagem logo aos 13 minutos. Aos 28 do segundo tempo Gilberto garantiu a vaga no quadrangular final para o XV, fazendo a alegria da torcida Piracicabana que lotou o Barão da Serra Negra.

Após a excelente vitória sobre a equipe da cidade vizinha de Santa Bárbara, o XV de Piracicaba garantiu sua vaga no quadrangular final, para enfrentar as equipes do Nacional A.C (vencedor do Grupo Preto), E.C Noroeste (vencedor do Grupo Amarelo) e Bandeirante E.C (vencedor do Grupo Vermelho).


Ramon B. Ferreira - Blog Histórias do XV

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Personagem do mês - 06/2011 - Sidmar


Sidmar, até hoje, é um dos primeiros goleiros que vem a memória da torcida do XV de Piracicaba. Sempre que se questiona qual teria sido o melhor jogadores desta posição, são cogitados os nomes de jogadores como Getúlio e Sidmar.

Sidmar nasceu em 1962, começando sua carreira no futebol, na década de 70, na equipe do São Paulo. No ano de 1983, o jogador foi envolvido em uma troca com a equipe do Guarani de Campinas, por meio da qual o centroavante Careca foi levado para a equipe do Morumbi.

Em 1985, o goleiro foi contratado pela equipe do XV, onde viveu grandes momentos defendendo a meta da equipe alvinegra. Sidmar permaneceu no XV até o ano de 1988. Neste ano, Sidmar defendeu a equipe do Bahia, que se tornou campeã brasileira daquele ano. O contrato de Sidmar se encerrou antes da fase final do brasileiro de 88, quando o jogador se transferiu para a Portuguesa de São Paulo.

Sidmar ainda defendeu as cores da equipe do Grêmio no ano de 1990, quando a equipe foi eliminada pelo São Paulo, nas semifinais do campeonato brasileiro.

Mostrando o carinho que possui com a torcida do XV e com a cidade de Piracicaba, Sidmar retornou ao XV em 1992, se transferindo, posteriormente, para o futebol japonês, para a equipe do Shimizu.


Sidmar encerrou sua carreira no Japão, onde exerceu a função de treinador de goleiros, antes de retornar ao Brasil.


Ramon B. Ferreira - Histórias do XV

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Campanha de Sócios - Imagens Históricas I

Pra quem acredita que a busca por sócios dentro dos clubes de futebol é algo do futebol moderno está enganado. No XV de Piracicaba, a campanha que busca a adesão de novos sócios para o XV tem ganhado força desde 2009, especialmente nos últimos meses, devido a excepcional fase que vive o alvinegro. No entanto, a ideia de novos sócios para o XV não é recente!




A imagem acima, obtida com EXCLUSIVIDADE pelo Blog HISTÓRIAS DO XV, se refere à um adesivo distribuído para a população Piracicabana possivelmente ainda no final da década de 70 ou início da década de 80! A campanha de Sócios do Alvinegro buscava atingir o número de 10 mil sócios!

Essa é apenas mais uma demonstração da grandeza do XV, um clube que está retomando o lugar que é seu de direito no cenário esportivo do Brasil!

Ramon B. Ferreira - Blog Histórias do XV

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Ripolianas II - Rípoli levou o XV para a Suécia e cumprimentou o Rei em Sueco.


Como diria o Conselheiro Acácio, "há gosto para tudo". Ainda hoje, há piracicabanos esquivando-se de auxiliar a recuperação do "Nhô Quim", sem se dar conta do patrimônio cultural e histórico que o clube é da cidade. E atração turística. Quando se deixa escapar o precioso, como fazer planos que não sejam apenas secundários?

Há 40 anos - num 1967 confuso e agitado - deu a louca no Rípoli, outra louca. E - desafiando tudo e todos, acho que até a lei da gravidade - ele decidiu levar o glorioso XV excursionar pela Europa. Foi um escândalo nos meios esportivos. Pois, naqueles anos, apenas dois clubes do Brasil tinham mercado no exterior: o Santos de Pelé e o Flamengo. O "Nhô Quim", quem era? Ora, crianças: o maior clube do mundo, com os melhores craques do universo. Pelo menos, segundo Romeu Italo Rípoli.

Em 1967, no Brasil, assumia o ditador do plantão, Costa e Silva, que nos presentearia com o AI-5. Havia guerrilha na serra do Caparaó e, da Bolívia, vinha a notícia amarga: Che Guevara fora morto. Uma esquelética Twiggy desfilava com a minissaia criada por uma certa Mary Quant. No Vietnã, Lindon Johnson dava show de morticínio. Para variar, Israel e países árabes brigavam: o judeu Moshe Dayan, em apenas seis dias, acabou com o exército de Nasser. Portanto, o mundo continuaria insosso, não fosse Rípoli ter levado o XV jogar na Europa...

Sabe-se lá que manobras ele fez, os coelhos que tirou a cartola. O fato é que o "Nhô Quim" se apresentou em cinco repúblicas soviéticas, o Caetano Rípoli deveria escrever detalhes da viagem maluca. Em dois meses, os caipiras de Piracicaba jogaram em Moscou, Kiev, Odesa, Taskend, no Ubesquitão, na Suécia, Polônia, Alemanha, Dinamarca, nos cafundós dos judas de lá. Até numa cidadezinha perto do Pólo Ártico.

Bem... É verdade que era o XV, mas não era lá bem o XV que viajava por lá. Num lugar, o time jogava com o nome de "Piracicaba F.C", em outro, aparecia o nome de São Paulo e eu não me admiraria - mas isso ninguém confirmou - se Rípoli tivesse apresentado o XV como a Seleção Brasileira de Futebol sem Pelé. Mesmo porque Pelé era simples detalhe, pois, para Rípoli, o Dito Cueca era melhor.

Na Suécia, Rípoli chegou ao clímax de sua proverbial prepotência. Numa aposta com jornalistas brasileiros, prometeu que faria o discurso final em sueco. E, aqui entre nós: ele não distinguiria o sueco do japonês. Mas promessa é dívida. Vai daí, Rípoli agiu: contratou uma tradutora sueca e passou a noite escrevendo - palavra por palavra, do português para o sueco - o discurso de sua glória. Não dormiu, amanheceu aprendendo a pronúncia de cada palavra. No dia seguinte - pimpão e sem ruborizar - falou em sueco para os gringos suecos. Ou melhor: em "suecês"

"Gênio, gênio!" - diziam telegramas de correspondentes brasileiros na excursão. Eram tempos em que, para jornalistas esportivos, quem falasse "good morning" esbanjava cultura. Mas criou-se a lenda: Rípoli, em sueco, saudara o Rei da Suécia. E, de sueco, ele não sabia sequer da Ingrid Bergmann. Mas o XV estava na boca do mundo. Enciumado, João Guidotti resmungou: "Isso é bafo de onça..."

Não vou contar mas, na Suécia, o Caetano arrumou uma namorada. Tudo acertado, o velho Rípoli impediu o romance: "Você tem apenas 17 anos, não pode." Só que, por lá, a história "de menor" era outra. O Caeta entrou de gaiato.

FOTO: Rípoli e o time do XV na visita a União Soviética em 1964 - Acervo Pessoal João Luís Almeida

TEXTO: Cecílio Elias Netto para "A Província"

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